segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA ESCOLA DE TODOS E PARA TODOS


Graciele Da Silva Scheit ¹

SUMÁRIO: 1. Introduções; 2. Considerações Finais;


RESUMO: Pretendo com a construção do presente artigo aprofundar meus conhecimentos em relação ao assunto Educação Inclusiva, e trago como conhecimento que, para realizar qualquer trabalho educativo que tenha como finalidade a contribuição para cidadania.
Palavras Chaves: Educação Inclusiva, Conhecimento E Diferença



INTRODUÇÃO


É necessário que o professor participe a participação do professor na construção de projetos pedagógicos da escola, obtendo um conhecimento critico da realidade dos alunos. Para isso é preciso desenvolver um trabalho em conjunto com os alunos e demais membros da comunidade, com troca de experiências e saberes para daí construir o conhecimento que possibilite ao aluno o melhor.
Quando foi passado para nós alunas de Pedagogia que teríamos que construir um artigo e seria nos dado a opção de cinco temas dentre eles a Educação Inclusiva, me perguntei muitas vezes se estaria fazendo uma boa escolha. Partindo de algumas fragilidades (dificuldade do professor trabalhar em sala de aula com toda turma e com aluno que apresenta necessidade especial não grave), de minha escola parceira e de meu coração optei pela Educação Inclusiva; por achar que todos os indivíduos podem aprender uma vez que nos profissionais da educação planejamos em torno deste prévio conhecimento, conhecendo a realidade de cada aluno e as necessidades individuais de cada um. Todos podem ser beneficiados com a inclusão, basta trabalhar em equipe que a escola será um lugar de aprendizagem para todos
A educação inclusiva é um tema que provoca polêmica e inquietação e talvez, no entanto não deveria ser assim, e por isso optei escolher a Educação Inclusiva dentre outros temas.
A inclusão tem como objetivo reconhecer a diferença e a deficiência, assim sendo tem a função de transformar as escolas para atender as necessidades individuais de todos os educandos respeitando todas as diferenças, sendo assim, a mesma tem como conseqüência de promover um ensino de qualidade para todos os alunos.
A inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o beneficio de todos os alunos com e sem deficiência. Ensinar é marcar um encontro com o “outro” e a inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do outro, esse que não é mais um individuo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência ou com o qual convivemos certo tempo de nossas vidas.
Desta maneira percebe-se que o processo de inclusão provoca e exigem das escolas brasileiras, novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria das escolas brasileiras de nível básico.
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade por meios da adequação das práticas pedagógicas e da diversidade dos aprendizes. Pois não apenas os deficientes são excluídos, mas também aqueles que são pobres ou não vão mais a aula porque trabalham os que pertencem a grupos discriminados e ainda aqueles que de tanto repetir o ano desistiram de estudar.
  Também é importante salientar que muitas pessoas confundem e educação inclusiva da à educação integrada que parecem ser semelhantes, porém existem diferenças entre ambas.
Na Educação Integrada o aluno deficiente tem que se adaptar aos parâmetros de normalidade, tem que se enquadrar aos pré-requisitos da classe. Caso ele não faça parte é colocado no ensino especial.
Na Educação Inclusiva, é ao contrário, não se espera que o deficiente se adapte aos alunos normais. O que se espera é que ele atinja o Maximo da sua potencionalidade, junto com os alunos “normais”. Por isso a Inclusão visa não são os deficientes que tem que se adaptar aos normais, mas quem tem que aprender a conviver com os deficientes.
Existem muitos obstáculos que não permitem a implantação da educação inclusiva nas escolas, podem ser elas culturais, ideológicas, financeiras, institucionais, resistência da família dos pais das crianças sem deficiência; preconceito uma vez que a inclusão não se refere obviamente a alunos com deficiência, mas também a crianças com dificuldades na aprendizagem, jovens que moram nas ruas, índios, ciganos, negros entre outros.
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiências em suas turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus professores.
No (meu) município de Erval Seco (possui) a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) sendo que a mesma esta registra como escola de Ensino Fundamental e os profissionais que lá atuam, possuem formação e capacitação para atendê-los. Sabendo que um educando, não pode possuir duas matriculas numa Instituição de Ensino, e por esse motivo os mesmos portadores de necessidades educacionais especiais são atendidos somente na APAE, ficando para o ensino fundamental regular, somente os alunos portadores de “leves” deficiências ou com dificuldades de aprendizagem (como por exemplo, dificuldade de escrever causados por problemas mentais), que por sua vez passam por exames psicológicos atestando se eles podem ou não freqüentar o ensino regular. Assim a inclusão na minha escola parceira não acontece na sua totalidade.
Já em minha escola parceira, que eu acompanho que é a Escola Estadual de Ensino Médio Olivía de Paula Falcão, observei que a inclusão dos alunos com dificuldades de aprendizagem como, por exemplo: (não acompanhar o “raciocino” como os outros alunos, não conseguir escrever, ter dificuldade para ir ao banheiro sozinho) não acontece como deveria.
Após observar algumas aulas em uma turma onde apresentam alguns alunos que possuem algum tipo de dificuldade, por apresentarem problemas mentais, posso dizer que a escola não faz seu papel e não dá suporte a professora; pois a mesma é desmotivada e sem uma preparação adequada, não acredita que pode fazer algo para aquele aluno tenha uma aprendizagem adequada e de direito para si; uma vez que a própria família do aluno não aceita que seu filho apresente algum tipo de deficiência ou dificuldade em aprender causado pela deficiência. Por essas razões, e de certa forma eu acredito que a escola não esta incluindo estes alunos, mas sim contribuindo pra uma forma de exclusão.
Muitas vezes as dificuldades de aprendizagem podem ser decorrentes de problemas sociais e familiares que acontecem antes da criança entrar para a escola. É preciso que a própria família observe seus filhos, se os mesmos estão com alguma dificuldade de aprendizagem, quanto antes diagnosticado, mais chances de resultados positivos essas crianças terão.
Penso que os professores que não têm vontade de educar os alunos com necessidades educacionais especiais, e voltarem seus ensinamentos somente para aqueles os alunos que não possuem deficiência, estão prejudicando muito esses alunos especiais, pois com certeza existem muitos professores assim; até mesmo em minha escola parceira alguns professores aguardam ansiosamente o fim do ano para se “livrarem” daquele aluno, essa atitude resultaram, conseqüentemente, numa ação desastrosa para educação do país.
Como futura educadora, eu quero fazer a diferença e acredito que o meu melhor ponto de partida será a investigação sobre a realidade que assume papel importante no processo de aprendizagem; na medida em que possibilita um conhecimento ampliado das características das famílias dos alunos, da estrutura de atendimento aos mesmos, como na saúde, cultura, esporte, lazer etc. Conhecendo criticamente essa realidade, posso afirmar que terei condições de pensar em conteúdos significativos que me orientem na construção e no desenvolvimento de um bom trabalho em cima da realidade. A partir dessa realidade a escola poderá ter como ponto de partida a elaboração de um currículo escolar que reflita o meio social e cultural que se insere. Penso que para caminhar para uma educação de qualidade, o primeiro passo é estimular as escolas para que elaborem uma autonomia e de forma participativa o seu PPP.
Portanto, para pensar em “fazer educação para todos” é preciso, mais que determinação, é preciso que principalmente aconteça um trabalho em grupo e que profissionais da área como diretores, coordenadores, professores e outros se sintam engajados nessa proposta. Não é tudo, mas já ajuda bastante agir com profissionalismo, responsabilidade e comprometimento. “Isto é de fato, é querer arregaçar as mangas e por a mão na massa”.
Considerações Finais
Concluo que o desafio é construir e por em prática no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender aos alunos cujas situações pessoais e características de aprendizagem correspondentes requereram uma pedagogia diferenciada. É importante que lutemos para que a sociedade aceite de uma forma natural todos aqueles que não obedecem a esse padrão comum, construído ao longo dos tempos pelas experiências, pelas aprendizagens, pela forma de estar e de ser de cada comunidade. E que a inclusão para alunos portadores de necessidades especiais em classe comum do ensino regular somente terá condições de se concretizar quando realmente houver respeito e a aceitação á diferença, quando não existirem mais o preconceito, a discriminação e a ignorância.
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.” (Declaração Universal dos Direitos humanos, artigo. I 1948).


¹Acadêmica do Curso de Pedagogia – UFPEL – Pólo Seberi – RS

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