segunda-feira, 27 de junho de 2011

O BRINCAR NA EDUCAÇÂO INFANTIL



Luciane Emilia Krenchinski Bossi1
RESUMO
As brincadeiras na educação infantil hoje é a prioridade nas escolas de series iniciais, pois é a fase que a criança aprende a dividir, socializar e ser livre para fazer o que quiser. O brincar é mais do que uma simples atividade é uma situação privilegiada da educação infantil, que possibilita que a criança, de maneira prazerosa se divirta e interprete o mundo em que vive. É brincando que a criança aprende a aprender assim a importância do brincar na educação infantil.

Palavras-chave: Brincadeiras, Infantil, criança, educação.


INTRODUÇÃO

Tendo realizada a seguinte pesquisa sobre as brincadeiras na educação infantil, nela vamos encontrar como se pretende conhecer e aprofundar os conhecimentos relacionados com a prática do brincar na pré-escola, a criança para crescer precisa brincar, imaginar e inventar, essa é a maneira que a criança encontra de manifestar-se. As crianças precisam brincar independente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, pois a brincadeira é essencial a sua vida, traz conhecimento, organizam-se de maneira que traz benefícios ao seu desenvolvimento afetivo, emocional e cognitivo.
O brincar para a criança se torna uma atividade séria, na brincadeira elas se comunicam com o mundo. A escola é o meio onde ela aprende a conviver em grupo e a se socializar, expondo seus limites. Brincar, praticar esportes e se divertir é recursos necessários ao aprendizado e ao desenvolvimento físico, social, psíquico e moral, brincar é uma característica da infância, não brincar significa o rompimento com o estar bem e ser feliz.
AS BRINCADEIRAS NA ESCOLA

Ser criança é brincar, e significa aprender a se desenvolver. Vejo na escola que nas horas de brincadeiras, alunos, professores, se envolvem, nisso a criança alivia suas tensões e equilibra seu estado emocional, ela constrói fantasias, e nestas todos participam e se tornam autores de seus papeis elaborando e colocando em pratica sua imaginação e conhecimento, os professores nesse momento trocam de posição com os alunos, se tornando alunos e orientados por eles, nessa organização propicia benefícios indiscutíveis no desenvolvimento e no crescimento da criança, contribuindo nas capacidades afetivas, emocionais, motoras e cognitivas.
A brincadeira é infantil, e percebo que adultos não podem ficar de fora, devem sempre dar espaço físico e emocional á espontaneidade e criatividade da criança, levando em conta a realidade em que vive, qualquer coisa pode virar brinquedo, praticamente tudo ao seu redor pode se transformar para brincar. O mundo imaginário dessas crianças faz com que expressem suas ações, essas podem ser favoráveis ou não, vejo na escola parceira, que crianças onde sua realidade familiar é orientada pelos pais de acordo com a escola, é bem diferentes das demais onde tem pouca formação, por isso tudo se torna importante na fase infantil é onde transmitam tudo aquilo que elas pensam ou estão sentindo, é na atividade lúdica La na escola que percebe-se. Muitas vezes a criança usa o brinquedo como um refugio a pressão real, porque a criança no mundo de suas brincadeiras, pode fazer ou ser o que na vida real ainda não lhe é permitido. Neste sentido Fortuna (2009) apud ZERO HORA (2009) contribui: “A brincadeira se baseia na criação, na invenção de novos papeis, na transformação do que não é em algo que pode vir a ser: brincando, posso ser qualquer coisa”, é ai que elas se transformam em seres diferentes do que realmente são, imaginam mesmo. Para a criança, a brincadeira é uma atividade muito séria,quando brinca, ela experimenta, constrói e se comunica com o mundo, assim desenvolve sua personalidade.
Para isso toda criança tem o direito de estudar e ser livre para ser criança, mas muito dessa vontade não é real, no Documentário “Crianças Invisíveis” (2005) vemos uma parte de nossas crianças que deveriam estar nas escolas ou sendo crianças apenas não tendo este “privilégio”, pois ou são obrigadas a roubar, ou trabalhar, pelos próprios pais, pais esses que deveriam educá-los para o bem, mas a realidade da pobreza que faz com que trabalhem para poder sobreviver para ter um prato de comida ou a angústia de conviver com pais separados que acham que diante disso não tem mais sentido a vida. É ai que percebemos essa realidade não tão diferente da nossa, pais despreocupados em ofertar tempo para o estudo e o ato de brincar, acham que crianças devem trabalhar, e forçam em tarefas domésticas; mas não é uma visão tão cruel quanto do documentário, assim que se tornam adultos irresponsáveis e antes do tempo perdem a fase mais importante da vida que é a infância, onde deveriam brincar ser criança e viver nesse mundo de inocência, o Estatuto a Criança e Adolescente em seu Art. 16 reforça: “O direito á liberdade compreende os seguintes aspectos: IV- brincar, praticar esportes e divertir-se.”
Tonucci (1997) em seu livro Com Olhos de Criança contribui através de Imagens para a reflexão a cerca do estudo em questão. Neste sentido, duas de suas ilustrações são trazidas para o contexto do trabalho. “Uma creche para estar juntos” e “A creche não é cabideiro”, estas contribuem para a reflexão de que as escolas e as creches, não são lugares onde os pais largam seus filhos para passar o tempo, elas têm a função de educar nas atividades curriculares e lúdicas, porque o brincar é onde crianças aprendem a conviver a se socializar, aprendem divertindo-se, expondo seus limites, suas ansiedades. As creches e as escolas, na realidade de hoje são lugares onde crianças são cuidadas educadas e orientadas, tem que fazer da escola um lugar para ouvir o aluno e aprender com ele, então, deve participar das brincadeiras das crianças, expressando seus sentimentos, assim a criança desperta para liderança, para a socialização e aprende a compartilhar as coisas. Tudo isso a brincadeira proporciona.
Brincar é mais do que uma simples atividade é uma situação privilegiada da educação infantil, que possibilita que a criança, de maneira prazerosa se divirta e interprete o mundo em que vive. É brincando que a criança aprende a aprender. Assim ressaltamos a importância do brincar na educação infantil, e sempre buscando participar dessa realidade tão bonita.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O devido trabalho fala da importância do brincar na infância, a pesquisa realizada na escola parceira busca perceber, como que para a criança a arte do brincar é tão importante, a brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente, assim adquire sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, vejo que brincando ela relaciona-se com o outro de maneira independente, e desenvolve o físico, a mente, a auto-estima, e torna-se ativa e curiosa, proporcionando a amizade entre colegas.
Então a infância é um dos momentos mais importantes de nossas vidas, nessa fase é que devemos ancorar de todas as maneiras pra que mais tarde não se tornem adultos rebeldes e impulsivos. A lembrança das brincadeiras com os amigos o convívio em família que é a base de tudo, são o que marcam e que jamais esqueceremos, e também é a hora em que estivemos entre amigos numa gostosa brincadeira.

REFERENCIAS


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CHAREF, Mehdi; LUND Kátia; LEE, Spike; ET al. Documentário “crianças invisíveis”. Itália, 2005.

FORTUNA, Tânia Ramos. Porque Brincar Faz Bem á Saúde (até do adulto). In: JORNAL ZERO HORA-Encarte Informe comercial, 25 de novembro de 2009. Porto Alegre, 2009.

MEC. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 2. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 18 de outubro de 2009, 17h30min.
MEC. Secretaria de Educação Especial, Brincar Para Todos, Brasília, 2006
ROSADO, EVÂNIO. INFÂNCIA: Tempo de Brincar e Estudar/ Evânio Rosado. Santa Cruz do Sul: Meridional de Tabacos Ltda. 2005.

TONUCCI, Francisco. Com os olhos de criança. Porto Alegre: artes médicas, 1997.

VYGOTSKI, L.S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. A formação da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p.105-109.







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