terça-feira, 6 de setembro de 2011

Formação do Profissional para Educação Infantil.

Beatris de Souza Barros[1]

Naira Fernanda Rieger Fortes[2]

Resumo: A Formação do Profissional para Educação Infantil, é fundamental para o educador que no seu ensinar deve sempre buscar algo novo para transmitir aos seus alunos e se estamos preparados e aptos é essencial para garantir a qualidade da educação, sendo importante ter uma visão mais dinâmica. Esse artigo foi feito com muita troca de experiências, leituras, pesquisas, slides, documentários, diálogos entre colegas e professores. Toda a formação é gratificante gerando momentos de atenção, concentração, aperfeiçoamento do conhecimento do dia-a-dia da vida de todos os educadores e com tudo isso se adquire resultados satisfatórios, compensadores que o melhor de tudo é chegar ao final sabendo qual a maneira adequada de se trabalhar com os nossos educandos.

Introdução

A Formação do Profissional para Educação Infantil é de suma importância, pois aprimoramos nossos conhecimentos, como nossa prática em sala de aula. Através da preparação e formação nos tornamos educadores com domínio dos saberes a ser transmitidos, assim como também a abertura para aulas mais dinâmicas e prazerosas quanto para educando e educador.

Essa pesquisa que vamos realizar sobre essa formação acredita-se que vai ser para melhor desenvolver as várias atividades com as crianças em seus diferentes espaços seja físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a família e comunidade, tendo conhecimento sobre o desenvolvimento, os diferentes saberes os conhecimentos específicos e concretos na sua ação cotidiana do dia-a-dia de um professor.

Com tudo isso devemos estar preparados, ou seja, ter domínio dos conhecimentos básicos tanto dos conhecimentos necessários para o trabalho com as crianças, estabelecer laços afetivos, seguros, verdadeiros com as mesmas.

A Educação Infantil com o passar dos tempos esta sendo bastante falada com seus direitos e deveres que os professores têm que ter com seus alunos e essa participação conta com uma formação bastante ampla e qualificada.

Com a Constituição Federal de 1998 e com a Lei de Diretrizes e Bases à educação infantil em creches e pré-escolas passou a ser um dever de Estado com incumbência do Município e é um direito da criança a este atendimento.

As escolas ou creches propriamente ditas estão de portas abertas para receber todas as crianças de zero a seis anos de idade, com professores capacitados para atender os requisitos de como devem trabalhar e seguir suas normas nas práticas educativas.

A maioria dessas creches ou instituições ao longo de sua história tinha o objetivo de atender exclusivamente as crianças de baixa renda.

Mas com o passar do tempo isso tudo se segui outra concepção de educação onde passou atender toda e qualquer criança seja ela pobre ou não, e esse estabelecimento de atendimento tinha que garantir todo “um espaço físico adequado, materiais em quantidade e qualidade suficiente das propostas educacionais nas diferentes modalidades de atendimento”. (RCNEI, 1998, p.14).

As práticas que mais preocupam os professores são as necessidades emocionais, ou seja, seu desenvolvimento e o papel de como cuidar e educar essas crianças.

A criança é um fator fundamental nessa discussão, pois ela é a chave principal e faz parte de toda uma “organização familiar que está inserida na sociedade”. (RCNEI, 1998, p.21). Cada qual com suas culturas, seu modo de ser, agir e meio social em que vive.

A criança no seu processo de conhecimento utiliza as mais diferentes linguagens, idéias e age muitas vezes de maneira estranha, mas tenta descobrir tudo aquilo que lhe interessa, seja com seu próprio conhecimento ou com outras pessoas que convivem no seu dia-a-dia.

A família é a base central para a criança nesta fase e na relação com a escola e professor que estuda, e ela constrói seu próprio conhecimento e aos poucos com as conversa e amizade que faz com seus colegas.

A Instituição de Educação Infantil tem por finalidade de oferecer as crianças que a freqüentam, qualidade de ensino, professores aptos e formação adequada para trabalhar com crianças de diferentes idades e personalidades, dando a ela espaço para brincadeiras, fazendo desse ambiente um espaço de construção, onde toda a criança se sinta feliz e com vontade própria de ir à escola, precisamos considerar “as necessidades das crianças que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo”. (RCNEI, 1998, p.25). Nas brincadeiras as crianças se sentem mais a vontade, pois é ali que elas se conhecem umas as outras e adquirem um papel de dar espaços as outras crianças também enquanto brincam, toda a brincadeira favorece a auto estima das crianças, auxiliando a superar suas dificuldades. Por meio das brincadeiras os professores observam cada criança no seu desenvolvimento, seja ele, afetivo, emocional e cognitivo. Sendo que cabe ao professor avaliar cada um de seus alunos nas diferentes atividades, para saber quais são as necessidades de cada um nos objetivos em questão.

Cabe ao professor fazer um conhecimento prévio das brincadeiras ou conteúdos que ira trabalhar saber se o aluno já sabe a brincadeira, porque tem brincadeiras que alguns já conhecem enquanto ouros não, e sempre ir além fazendo com que eles enfrentam suas próprias soluções dos problemas enfrentados.

As crianças com necessidades especiais em sua grande maioria são submetidas a diversos tipos de discriminação, tanto pelos colegas e muitas vezes pela própria sociedade.

Essa inclusão agrega uma grande preocupação onde devem ter professores capacitados e especializados para se trabalhar com essas crianças, que sejas capaz de educar a todos sem discriminação e respeitando sempre suas diferenças e necessidades.

O professor de Educação Infantil que atua hoje nas escolas com as crianças hoje, a maioria não possui formação adequada para trabalhar com crianças, recebe remuneração baixa e trabalha em condições precárias e é através desses aspectos que a formação do professor está sendo repensada e discutida e o que se espera que nos anos seguintes todos os profissionais de Educação Infantil têm como formação mínima o nível superior.

Assim o diálogo é um fator fundamental no dia-a-dia do professor e indispensável para sua carreira profissional, pois através do diálogo com outros professores se adquiri trocas de experiências e conhecimento que podem ser usados em sala de aula, sendo assim quanto à categoria e investimentos na carreira e formação do profissional pelas redes de ensino é hoje um desafio presente, com prioridade á profissionalização docente de Educação Infantil.

O professor tem que ser profissional, competente, pesquisador, criativo, crítico, participativo e sujeitos de histórias, que busque o aprofundamento pelo estudo e pesquisa, aprimorando-se com sujeito, e com uma ampla visão de sua formação onde busca informação, sobre sua prática e buscando conhecimento, dialogando com as famílias e a comunidade, para desenvolver as mais diferentes competências e práticas educativas em sala de aula da melhor qualidade e sendo assim correspondem aos anseios da escola e das famílias no geral.

Documentário Crianças Invisíveis

Tive o privilégio de assistir o Documentário Crianças Invisíveis onde achei muito chocante e marcante, a gente se emociona mesmo vendo aquelas crianças que muitas vezes são obrigadas a fazerem coisas mesmo contra sua vontade, por exemplo, encarrar uma guerra que não são das delas e com uma arma na mão numa frente de combate onde sua infância é esquecida e seus brinquedos são armas, é o que vejo no primeiro episódio e também crianças sem seus pais estando sozinhas no mundo com outras passando a andar em grupos armados tendo que matar para não morrer e assim esquecendo de sua infância seus sonhos, brincadeiras, são crianças sem ideais na vida, sem futuro.

As crianças que aparecem no documentário muitas não existem para a sociedade mesmo sendo de cidades ou países diferentes cada qual com uma realidade diferente, todas com seus sonhos e objetivos e todas tem lembranças do seu passado na escola de suas brincadeiras e de uma hora pra outra tudo mudou em suas vidas.

Aqui entra o papel de um bom profissional que tem o dever de conhecer a realidade e as diferenças e devemos estar preparadas para mudar essa realidade, recebendo essas crianças sejam elas com dificuldades ou não, sempre respeitando suas diferenças.

O documentário leva o nome de Crianças Invisíveis porque em quase todos os episódios as crianças tinham responsabilidades de adultos e tinham que agir como um, e correr atrás de sua sobrevivência dia a dia, também eram excluídas da sociedade tendo assim que sobreviver passando necessidade e sofrimento em uma sociedade cruel e mesmo com tantas dificuldades tinha esperanças de dias melhores e de uma vida melhor.

Acredito-me que todas as crianças são iguais e tem algo em comum, diferentes classes sociais, cor, religiosidade, estrutura familiar. Sonham em crescer do lado de seus pais tendo carinho, amor e afeto e uma escola para ir estudar com professores competentes, pesquisadores e orientadores, onde vão ajudar a superar certos problemas e dificuldades que a maioria das crianças enfrenta.

No documentário pelo que observei todas as crianças são reais e pude perceber que tinha criança que já tinha vivido sua infância freqüentada uma escola tinha uma família onde brincavam e tinham seu espaço na sociedade e de uma hora pra outra tudo isso acabou de uma forma trágica e marcante na vida de cada uma dessas crianças e aí entra a criança ideal que para os adultos ela não chora, não tem sentimentos, não tem sonhos e nem objetivos e a criança real pelo que tive observando no documentário ela é excluída da sociedade, é uma criança que esta com o sofrimento estampado em seus rostos, pela fome, miséria que enfrenta no seu dia-a-dia e muitas vezes têm que trabalhar e até mesmo roubar para sua própria sobrevivência e na maioria das vezes são exploradas pelos seus próprios pais e faz tudo o que eles querem para não viver apanhando e sendo espancadas.

E é triste ver essas crianças passando por tanto sofrimento fome e outras tantas coisas mais e não poder fazer nada, ficamos muitas vezes de mão cruzadas sem saber o que fazer que ao invés de estar dentro de uma sala de aula, aprendendo a ler e escrever estão nas ruas e mais tarde se tornam crianças viciadas, as meninas se prostituem e também acontece como nos mostra o documentário da criança que tem AIDS e seus pais também, e ela freqüenta a escola, onde há muito preconceito e isso hoje em dia também acontece em todo o nosso país, pessoas essas que tem preconceito sim e não admite os seus filhos estudar na mesma escola que uma filha de viciados e aidéticos e é a pura realidade que acontece em nosso Brasil, onde existem vários casos como este que assisti no documentário, mas muitos casos são sigilosos pela própria segurança da criança ou adulto, justamente para não ter esse preconceito e transtorno que essa criança viveu no filme, e aí me faço a seguinte pergunta. Como deve se comportar um profissional de educação nessa hora, como agir e enfrentar essa situação? Fazer o que para conscientizar os pais e filhos a não entrar no vicio? Em minha opinião tem que haver mais palestras e orientações dadas aos alunos e pais pela escola e sociedade, com temas sobre drogas e doenças transmissíveis, tudo isso é fundamental e importante para a sociedade em ajudar também e a colaborar com a escola, na minha escola parceira tem muito esse apoio que recebem da sociedade e diariamente fazem palestras com os alunos e pais e às vezes é aberto pra comunidade em geral, mas na maioria das vezes os pais não participam, acabam participando só os alunos e professores.

Durante esse documentário que assisti várias brincadeiras foram apresentadas e quase todas são conhecidas pelos nossos alunos e por mim também que são elas: Jogo de futebol, andar de bicicletas, motoca, música, dançar, faz de conta, jogo de moedas, chapéu americano, jogavam vídeo game no barzinho. São brincadeiras essas que todas as crianças brincam no seu dia-a-dia e que às vezes essas brincadeiras são interrompidas da pior forma possível.

Concordo com o episódio que nos mostra a dura realidade que as crianças enfrentam em andar pelas ruas catando papelão, latinhas e ferro velho para ganhar seu dinheiro, descendo ladeiras a baixo seja com sol e chuva tem que enfrentar, pois precisam sobreviver e comprar comida, é duro essa realidade, mas são crianças que vivem principalmente nas grandes metrópoles do sul do Brasil e existem sim crianças que levam a vida como nos mostra o documentário. Já morrei em São Paulo e já conheci a dura realidade dessas crianças, onde eu passava seja de carro ou a pé e ali elas estavam catando no lixo ou pedindo esmolas nos faróis é muito triste vivenciar isso e não poder fazer nada para mudar e não esta longe de acontecer em nossas cidades, pois aqui onde morro já existe crianças catando papelão ou ajudando seus pais a catar para se sustentar.

Como profissional devemos sempre procurar conhecer a realidade de cada um de nossos alunos e ajudar a eles enfrentar seus problemas e obstáculos que surgirem durante o ano, sendo amigo deles, dando carinho e amor, porque muitos não têm isso em casa se sentem carentes e nos como educadores temos a obrigação de fazer com que essas crianças se sentirem aconchegadas à escola com se fosse seu segundo lar.

Para mim vejo que para se tornar um profissional de educação devo estudar muito, pesquisar e aprender com outros profissionais como trabalhar com crianças enfrentando o dia-a-dia de uma sala de aula.

Nessa qualificação do profissional de educação um dos pontos mais importantes segundo ABUCHAIM (2009, p.38), “é a troca de informações e de idéias entre família e escola é essencial para que a criança possa integrar-se ao meio escolar de modo favorável e para que os pais estabeleçam com a escola um vinculo de confiança”, para isso as crianças têm que ter um consenso entre o que é escola e a família, o que não acontece com as instituições que tem expectativa diferentes em relação às crianças o que mostra claramente a charge de TONUCCI (1976 – Entre a casa e a escola), em que a criança se depara com dois mundos completamente diferentes, sem ter uma interação entre os pais e a instituição escolar, onde todos deveriam ter uma só idéia para permitir que a criança se desenvolva de um modo saudável.

Na parceria entre a família/escola é de fundamental importância à coerência das informações que são repassadas a elas e para isso tem que existir o diálogo em todas as decisões e com tudo isso a criança passa a ter mais confiança nesta cooperação que ocorre entre a família/escola, isso traz como beneficio o crescimento e desenvolvimento da criança que antes mesmo de entrar na escola ele já traz conhecimentos, cultura, possui seus gestos e o professor como um mediador deste tem a função de ser uma ponte entre a criatividade do aluno e o saber teórico que a escola dispõe, pois trabalhar com alunos vindos de classes sociais diferentes, com necessidades especiais ou nas mais diferentes situações MOYSÉS (1994, p.19) cita que “trabalhar com estes alunos é por si só um desafio. Trabalhar bem, conseguindo bons resultados é um desafio ainda maior”.

Pois o encontro de idéias entre o professor e o que a criança constrói antes mesmo de sua entrada na escola, pode ser de grande uso para a aprendizagem, pois prévios conceitos e definições se dão como ponto de partida para o conteúdo que o professor quer dar enfoque em um processo de reconstrução do saber, mostrado sabiamente por TONUCCI (1975 – Primeiro dia na escola) em mais uma de suas charges, o encontro em que esta relação entre professor e aluno se dá no primeiro dia de aula de forma conflituosa, aonde o aluno chega com conceitos já formados e com muita expectativa e a professora faz somente uma contagem de mais um aluno que chega, sem ter expectativas ou esperanças no novo aluno.

Um dos maiores vínculos entre o professor/aluno/comunidade e que é desafiador é o de receber alunos de diferentes saberes, entende-los escutar eles e conhecer cada um, pois tem alunos que já vem para a escola com uma bagagem muito grande de conhecimento, enquanto outros não têm quase nada, ai entra o papel do professor de ser um mediador revendo cada situação e sabendo como seguir de forma igual entre seus alunos.

Quando mais cedo começarmos a contar histórias para as crianças melhor será seu desempenho escolar, e não só escolar, mas na sociedade também, essa criança que tem apoio da família para ler e escrever é uma criança cheia de conhecimentos. Se for criada em um ambiente de leitura nas escolas e vice-versa a criança terá bons rendimentos escolares e isso é fundamental para sua aprendizagem.

Como cita Magda Soares (apud MARICATO):

O processo de aprendizado começa com a percepção da existência de coisas que servem para ser lidas e de sinais gráficos que a criança aprende observando o gesto de leitura dos outros, como dos professores, pais ou outras crianças.

É importante ler com eles, a sua imaginação vai alem da historinha que a professora está lendo, eles se imaginam como se estivesse dentro da própria historia, junto com os personagens, essa é mais uma das charges de TONUCCI (1979 – È importante ler com elas).

No meu primeiro ano de parceria com a escola a professora parceira, lia histórias para seus alunos todos os dias e alguns de seus alunos também se imaginavam junto com seus personagens, depois de ler toda a história à professora fazia várias perguntas relacionadas à história que leu e eles sempre respondiam tudo nos mínimos detalhes e sempre atenciosos, isso tudo é um grande incentivo de leitura e escrita.

O professor tem grande compromisso que é fazer a criança viver esta experimentação do mundo da fantasia, que se mistura com a realidade, povoando a escola de histórias e textos para poder fazer com que as crianças desde pequenas aprendam a ter uma leitura de mundo sem ao menos saber ler.

De acordo com a Revista Nova Escola (2010, p.42) “Em nenhuma outra fase da vida as crianças se desenvolvem tão rapidamente quanto até os três anos de idade. Daí a importância de entender como cada atividade ou brincadeira ensina”.

O professor tem grande desafio e responsabilidade com as crianças da creche, principalmente até os três anos de idade, oferecendo as mesmas um ambiente receptivo, lúdico e harmonioso. Onde há a interação entre educando e educadores, vão muitas vezes descobrindo suas expressões, ações, nas brincadeiras, na imaginação, através de histórias contadas pela professora e as suas cabecinhas vão ouvindo tudo com os mínimos detalhes e se imaginam com os personagens da história e do faz de conta.

A consultora em educação infantil e coordenadora da Escola de Educadores em São Paulo, Beatris Ferraz acredita que “Todas as experiências que fazem parte da rotina devem ser organizadas em um currículo de forma a proporcionar o desenvolvimento de habilidades, como andar, a aprendizagem de aspectos culturais, como o hábito da leitura”.

Nos professores e adultos seja pais ou na escola, devemos ler para nossos filhos, alunos desde pequenos e sempre estimular eles ao hábito pela leitura, acredita que se fizermos isso eles quando adultos vão nos agradecer por esse incentivo.

Hoje em nosso país a maioria das creches é boa e tratam muito bem seus alunos, em todas as creches deve haver respeito e harmonia entre professores e alunos e com isso se faz uma boa imagem da creche, porque em nosso Brasil a fora existe milhares de creches aonde os pais deixem seus filhos para poderem trabalhar o dia todo e se não existisse a creche o que seria de seus filhos? Aonde ia deixá-los?

Porísso como fala a revista Nova Escola, “Quanta coisa eles aprendem”, que é o papel da escola trabalhar com os sons, a música e a dança que são fontes de conexão cultural.

A revista também cita as diferentes maneiras de como trabalhar com essas crianças, sempre desafiando e explorando os objetos e brincadeiras que buscando a criança desenvolve a sua capacidade de imaginação, aprende a viver em grupo, a ceder uma à outra, esperar a sua vez, aprende a interagir com as outras e assim usa todos os seus recursos, quando a brincadeira for bastante explorada pela professora, a criança amplia sua percepção, aprende a viver em grupo e até mesmo na sociedade que está inserida.

O contato com a leitura, ou seja, linguagem oral e comunicação são fundamental na vida de uma criança, tanto na família, escola ela deve ter acesso a livros, jornais, revistas, tudo isso serve para estimular elas. Uma criança que tem esses acessos desde pequena ela vai gostar de ler, olhar os livros, as figuras, desenhos, pegar nas mãos e muitas crianças usam a sua imaginação como um faz de conta.

Para o psicólogo bielorusso Lev Vygotski (1986-1934) “a criança só desenvolve a fala no contato com os mais velhos”.

E a psicolingüística argentina Emília Ferreiro afirma “que elas mesmas não alfabetizadas, devem ter contato com a linguagem escrita”.

Diante dessas duas situações importantíssimas, faz os pais e escolas pensarem na importância de ler para seus filhos e alunos.

“Toda a criança quando começa a engatinhar ou caminhar passa a ter o domínio do corpo e destreza, que são chamados desafios corporais, aonde a mesma, pula, balança, entra e sai, sobe e desce”, como cita o texto da revista.

Esses desafios corporais são importantes na experiência humana e da cultura, os bebês aprendem por si próprios, a capacidade que eles têm de andar sozinhos de controlar suas ações e com o decorrer dos anos eles vão conhecendo melhor essas suas mudanças e vão aprender a medir sua própria força e seus limites.

Quando eles chegam ao contato com a escrita é, mas uma fase importante na suas vidas de curiosidades e começam a prestar mais atenção no que a professora fala e mostra a eles. E assim segue as suas vidas, eles vão conhecendo o mundo a sua percepção visual com os sons e música, (exemplo), a “exploração do meio ambiente”, como coloca a revista que é imprescindível deixar a criança ter o contato com a terra e sobre o que as rodeia. Vão querer se tornar independentes como querer comer sozinha, andar, pegar as coisas, tudo que vê e assim por diante.

Todos esses fortes laços que a criança deve ter com os pais e educadores são essencial em suas vidas, elas tendo apoio, incentivo da família principalmente e escola vai interagir e se relacionar com as outras pessoas da maneira correta, sempre com respeito e autonomia. Assim a criança terá uma aprendizagem de qualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

ABUCHAIM, B. de O. Encontros e Desencontros entre Família e Escola. P.38-39, Revista Pátio-Educação Infantil, Ano VII, n° 19, 2009.

BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, vol. 1, 2 e 3, 1998.

­­­­João Manuel Mattos da Costa Leite, 1 ano, da IMI Maroca Veneziani, em São José dos Campos, SP. Um dia Cheio de Aprendizagens. P.42-50, Revista Nova Escola. Ano XXV n° 231, Abril 2010.

_______, Lei de diretrizes e bases da educação nacional, Lei n°9.394, de 20 de dezembro, Brasília, 1996.

MOÇO, ANDERSON. Quanta coisa eles aprendem! Revista Nova Escola, nº 231, p42-50, abril/2010.

MOYSÉS, L. O Desafio de Saber Ensinar. Campinas, SP: Papirus, 1994.

MARICATO, A. O Prazer da Leitura se Ensina. Revista crianças do professor de educação infantil. P. 18-26. Disponível em http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/533.pdf, acesso em 23 de dezembro de 2009.

TONUCCI, F. Com olhos de criança. (trad. Patrícia Chittoni Ramos). Porto. Alegre: Artes Médicas, 1997.

UNICEF. Documentário Crianças Invisíveis, Itália, 2005.



[1] Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

[2] Professora Formadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

Nenhum comentário:

Postar um comentário